Para isso, no domingo dia 1º, no Recanto Coração de Jesus, em Maceió, a coordenadora estadual do Programa de DST/Aids, Fátima Rodrigues, ministrou uma palestra de sensibilização para os integrantes do movimento, cujo tema foi “Aids e Religião: Desafios e Avanços”. Fátima Rodrigues ressaltou que o maior desafio na luta contra a expansão da Aids em Alagoas é vencer o preconceito e a discriminação. Com o objetivo de ampliar as ações de prevenção do vírus HIV em Alagoas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) firmou parceria com a Pastoral da Aids, entidade criada pela Igreja Católica há 11 anos.
Fátima Rodrigues salientou que a Sesau irá contribuir com todo o suporte técnico necessário para assessorar a Pastoral da Aids, seja por meio de treinamento ou de distribuição de material educativo.
“A luta contra a o vírus HIV deve ser constante, permanente. Para isso, as autoridades de saúde precisam contar com parceiros que abracem esta causa e estejam dispostos a lutar contra o preconceito e a discriminação. Isso porque, eles estão presentes em todos os setores da sociedade e, muitas vezes, entre os próprios portadores da doença”, salientou a coordenadora Estadual do Programa DST/Aids.
O perfil epidemiológico da Aids em Alagoas aponta que, atualmente, 52,51% dos contaminados com o vírus HIV se dizem heterossexuais e 45,1% homossexuais, evidenciando que a doença não é mais caracterizada como uma epidemia homossexual.
“Em 1986, 35,6% das pessoas infectadas afirmavam serem homossexuais e 20,3% heterossexuais, mas esse percentual sofreu uma inversão”, disse a coordenadora. O primeiro registro de Aids em Alagoas foi em 1986 e em 24 anos foram notificados mais de 2.500 casos no Estado.
Durante o encontro, o coordenador estadual da Pastoral da Aids, Lindolfo Cabral Neto, ressaltou que o papel do movimento é capacitar agentes sociais, realizar o controle social, desenvolver ações de prevenção, assistência e solidariedade, além de promover articulação com entidades que também lutam para frear a expansão do HIV e trabalham para extinguir o preconceito e discriminação.
“A Pastoral da Aids foi criada para ir de encontro à escuridão do preconceito, da desinformação e da discriminação. A Igreja Católica entende que é necessário se envolver na luta para prevenir a população da doença, cujas vítimas têm aumentado, tornando a doença um problema de saúde pública”, informou.
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