Igreja Cria Serviço de Apoio a Pessoa com Deficiencia

Com a criação do Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência, anunciado em Fátima, durante a XXVI Semana da Pastoral Social pretende-se dar visibilidade às várias experiências que, a nível local se vêm desenvolvendo e fomentar o estabelecimento de parcerias a nível local, regional, nacional e internacional.
O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo, disse aos jornalistas que o novo serviço tem como objectivo “ver como é que a Igreja e como é que as comunidades cristãs podem acolher as pessoas com deficiência e ajudar as famílias que tenham pessoas com deficiência”. Este serviço foi criado pela Conferência Episcopal Portuguesa

O novo serviço já existe noutras conferências episcopais europeias e com a distribuição do desdobrável às várias centenas de participantes da semana da pastoral social - subordinada ao tema «Dar-se de Verdade – Para um desenvolvimento solidário» - “passará a ser mais conhecido” – salienta D. Carlos Azevedo.

Na linha da fé e do acompanhamento espiritual este serviço aspira a ser um ponto de contacto com pessoas com deficiência e os seus familiares ou cuidadores; paróquias, organismos e movimentos cristãos e respostas sociais à deficiência.

Perante a pergunta se os deficientes são esquecidos nas comunidades cristãs, o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social acentua que “não é só esquecidos, mas muitas vezes há dificuldades em integrá-los e acolhê-los nas celebrações”. Devido às várias reacções dos deficientes, as comunidades sentem que “há ali uma pessoa que vem perturbar o ambiente”. Para que tal não aconteça, D. Carlos Azevedo pede uma “capacidade de acolhimento” porque destas pessoas “podem fazer um crescimento de itinerário cristão”.

O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social reconhece que a sociedade “não estava sensível” para as questões da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência. Os espaços públicos em geral e as igrejas construídas recentemente já têm em atenção estes pormenores mas “às vezes não é fácil”. E finaliza: “este serviço quer recolher as experiências que existem para que, daqui a um ano, se possa estruturar num verdadeiro serviço”.
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