A história de Micaela Cyrino, contaminada pelo HIV no parto, revela como o preconceito continua presente e mostra como é difícil a vida de crianças e jovens soropositivos no Brasil. Quando a paulistana Micaela Cyrino, 22 anos, era criança, ela se cansou de escutar dos amigos da escola algo não muito agradável, ainda mais quando se tem 6, 7 anos de idade. “Minha mãe não quer que eu brinque com você”, eles diziam. O motivo era conhecido. Lá, no colégio da zona leste de São Paulo onde estudava, todos sabiam que ela tinha Aids. Micaela nasceu com a doença. Foi contaminada no parto. Seus pais eram soropositivos (infectaram-se por meio do uso de drogas injetáveis) e morreram quando ela estava com 6 anos de idade.