Uma Em Cada Dez Jovens Atendidas no SUS tem DST

É alta a prevalência de infecção por clamídia entre jovens brasileiras atendidas nos serviços públicos de saúde, segundo estudo nacional realizado pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS. A clamídia é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode infectar homens e mulheres e ser transmitida da mãe para o bebê na passagem pelo canal do parto.

A pesquisa abrangeu 2.071 jovens, entre 15 e 24 anos, atendidas nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). A prevalência de clamídia entre as jovens avaliadas foi de 9,8%, sendo que 4% delas também tiveram resultado positivo para infecção por gonorreia.
A clamídia afeta especialmente a uretra e órgãos genitais, mas também pode atingir a região anal, a faringe e ser responsável por doenças pulmonares. Se não tratada, é uma das causas da infertilidade masculina e feminina, e pode aumentar de três a seis vezes o risco da infecção pelo HIV. A gestante infectada está mais sujeita a partos prematuros e a abortos e o recém-nascido corre o risco de desenvolver um tipo de conjuntivite  e pneumonia.
Sexo seguro é a forma de prevenir
Segundo o coordenador do estudo, o médico Valdir Monteiro Pinto, a infecção pode ser assintomática em até 80% das mulheres e em 50% dos homens. Quando os sintomas aparecem, podem ser parecidos nos dois sexos: dor ou ardor ao urinar, aumento do número de micções, presença de secreção fluida. As mulheres podem apresentar, ainda, perda de sangue nos intervalos do período menstrual, dor durante as relações sexuais, dor no baixo ventre e doença inflamatória pélvica.
Como não existe vacina contra a clamídia, ele alerta que a única forma de prevenir a transmissão da bactéria é o sexo seguro com o uso de preservativos. Uma vez instalada a infecção, o tratamento deve ser realizado com o uso de antibióticos específicos e deve incluir o tratamento do parceiro ou parceira para garantir a cura e evitar a reinfecção.
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