Planos de saúde se recusam a arcar com despesas de tratamentos caros, como cancer e doenças do coração, de acordo com levantamento realizado pela Faculdade de Medicina da USP. O estudo, desenvolvido pelo pesquisador Mário Scheffer, analisou 782 decisões judiciais relacionadas à exclusão de cobertura de planos de saúde, julgadas em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), em 2009 e 2010. A análise dos processos revelou que os procedimentos mais negados pelas operadoras foram a quimioterapia e a radioterapia, ambos tratamentos de combate ao câncer. Juntos, correspondem a 35,95% das ações judiciais que mencionam procedimentos médicos recusados pela cobertura. No que se refere aos insumos, as órteses, próteses, exames diagnósticos e medicamentos foram os mais excluídos pelos planos de saúde.Entre as surpresas obtidas no levantamento está o número de ações movidas devido à recusa em arcar com os custos do tratamento de Aids. De 1999 a 2004, a doença era a terceira mais excluída pelas operadoras, porém, agora aparece em apenas duas das ações judiciais analisadas.
Envelhecimento Precoce de Soropositivos: desafio para a ciência
Ações Combatem Aids na África Subsaariana: 12 milhões de Órfãos
Na África Subsaariana há mais de 12 milhões de órfãos da Aids e apenas 1% dos 2,5 milhões de crianças que têm a doença no mundo recebe tratamento, sendo que a imensa maioria vive nessa região - 2,3 milhões. De 40% a 60% de todas as mortes de crianças menores de cinco anos nessa região são causadas pela contaminação do vírus HIV, um drama que várias organizações internacionais tentam combater.