Encontrar alternativas para que organizações não governamentais (ONG) que atuam na luta contra a aids não encerrem mais suas atividades foi uma das principais conclusões de representantes da sociedade civil e governo durante um seminário promovido pelo Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo na tarde dessa quinta-feira, 12 de abril.
Para o especialista em saúde pública e presidente do Grupo Pela Vidda (Valorização, Integração e Dignidade do Doente de Aids), Mário Scheffer, o fechamento das ONGs representa o enfraquecimento político da resposta brasileira na luta contra o HIV. "Hoje o dinheiro das ONGs vem dos editais governamentais. Uma entidade propõe uma ação, transforma em projeto e executa. O problema é que este dinheiro não paga aluguel, água, luz, telefone... Essa grana é usada apenas na ação proposta pela ONG", explica.
Ainda segundo o ativista, as impressões de que a aids é uma doença crônica e que o Brasil tem o melhor programa de combate a esta doença contribuíram para que muitas pessoas e empresas deixassem de doar. “Perdemos vários apoios e até o trabalho voluntário", disse.Para o especialista em saúde pública e presidente do Grupo Pela Vidda (Valorização, Integração e Dignidade do Doente de Aids), Mário Scheffer, o fechamento das ONGs representa o enfraquecimento político da resposta brasileira na luta contra o HIV. "Hoje o dinheiro das ONGs vem dos editais governamentais. Uma entidade propõe uma ação, transforma em projeto e executa. O problema é que este dinheiro não paga aluguel, água, luz, telefone... Essa grana é usada apenas na ação proposta pela ONG", explica.
Para Mário, não há culpado para o fechamento de vários ONGs. "Não é o fim do mundo fechar as portas. Há organizações que ainda não vivem esta crise, mas também não podemos nos silenciar com este problema", declarou.
O consultor sênior do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, o médico Paulo Teixeira, disse que "se não for os recursos públicos, não há muitas alternativas para a continuidade das ONGs atualmente”.
A coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, Maria Clara Gianna, defendeu um monitoramento mais rígido sobre os recursos do Plano de Ações e Metas (PAM) repassados à sociedade civil. “Acreditamos que estão sendo bem utilizados, no entanto, se as ONGs enfrentam dificuldades, o problema também é nosso (do Programa Estadual)", comentou.
Clara disse que irá pautar a escassez de recursos da sociedade civil organizada para o Grupo de Trabalho das Organizações Governamentais e Não Governamentais.
"Não podemos nos esquecer que o trabalho da sociedade civil foi e sempre será essencial na luta contra a epidemia de aids", finalizou
O seminário “O Fechamento das ONG e o retrocessos no combate à Aids no Brasil” ocorreu no Hotel Excelsior, região central de São Paulo
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