No
ano passado, cerca de 3.4 milhões de crianças com menos de 15 anos estavam
vivendo com HIV e aids em todo o mundo, informa um recente relatório do Unicef
(Fundo das Nações Unidas para a Infância). Aproximadamente 91% do total de
casos estavam na África Subsaariana. De acordo com o Unicef, o tratamento
infantil da aids continua baixo no mundo, pois apenas 28% das crianças que
precisariam estar recebendo os medicamentos antirretrovirais estão, contra uma
cobertura de quase 60% do tratamento para adultos. O relatório, no entanto,
mostra progressos mundiais na prevenção da transmissão vertical do HIV. Nos
países de renda alta, por exemplo, esta estratégia de profilaxia está
diminuindo para cerca de 2% a transmissão do vírus da mãe para o bebê.
Já nos
países de renda baixa ou média, observou-se, em 2011, que 57% das gestantes
estavam em tratamento contra a aids para prevenir a transmissão vertical.Os
resultados integram o documento “O compromisso com a sobrevivência da criança:
Uma promessa renovada”, e analisa as tendências nas estimativas de mortalidade
de crianças pequenas desde 1990.Os dados, divulgados em parceria com Grupo
Interinstitucional de Estimativas sobre Mortalidade Infantil das Nações Unidas,
mostram ainda que o número de crianças menores de cinco anos que morreram em
todo o mundo caiu de quase 12 milhões, em 1990, para 6, 9 milhões, em 2011.
"O
declínio global na mortalidade entre crianças menores de cinco anos é uma
conquista significativa e uma prova do trabalho duro e da dedicação de muitos,
incluindo governos, doadores, agências internacionais e as famílias",
disse o Diretor Executivo do UNICEF, Anthony Lake, durante o lançamento do
documento na semana passada em Nova York.Contudo, Lake lembra que ainda há
tarefas inacabadas nesta área. “Milhões de crianças menores de cinco anos ainda
morrem a cada ano de causas evitáveis para os quais existem intervenções
comprovadas e acessíveis. Essas vidas poderiam ser salvas por meio de vacinas,
nutrição adequada e cuidados básicos e de saúde materna.
O mundo tem a
tecnologia e o conhecimento para fazer isso. O desafio é torná-los disponíveis
para todas as crianças", disse.e mostra que, em todas as regiões do globo,
as reduções mais significativas foram alcançados na mortalidade de crianças
menores de 5 anos. Os dados divulgados hoje pelo UNICEF e pelo Grupo
Interinstitucional de Estimativas sobre Mortalidade Infantil das Nações Unidas
mostram que o número de crianças menores de 5 anos que morreram em todo o mundo
caiu de quase 12 milhões, em 1990, para 6, 9 milhões, em 2011.
O relatório
destaca também que a região onde se localiza o País e sua situação econômica
não são obstáculos para a redução da mortalidade na infância. Países de baixa
renda, como Bangladesh, Libéria e Ruanda, de renda média, como Brasil, Mongólia
e Turquia, e de renda alta, como Omã e Portugal, têm feito progressos
impressionantes na redução das taxas de mortalidade de crianças menores de
cinco anos, diminuindo a mortalidade infantil em mais de dois terços, entre
1990 e 2011.Brasil
-
Segundo o Boletim Epidemiológico de DST/Aids do Ministério da Saúde, observa-se
no período de 1980 a junho de 2011 um total de 771 casos de aids em menores de
cinco anos, a maioria no Pará (370 casos; 48%), seguido pelo Amazonas (231;
30%), Rondônia (59; 7,6%), Tocantins (38; 4,9%), Amapá (27; 3,5%), Roraima (25;
32,4%), e Acre (21; 2,7%).Em 2010 foram registrados 79 casos, a maioria no Pará
(40 casos; 50,63%) e no Amazonas (30 casos; 37,97%), com taxa de incidência
regional de 5,1/100.000 habitantes. No ano de 1998, o número de casos nessa
faixa etária foi de 22, com taxa de incidência de 1,4/100.000 habitantes, ou
seja, houve um aumento de 259% no número absoluto de casos e de 264% na taxa de
incidência entre 1998 e 2010. Foram notificados também, em 2010, 5.666 casos de
HIV em gestantes, com taxa de detecção de 2,0 casos por 1.000 nascidos vivos.
0 comentários:
Postar um comentário