Pesquisadores brasileiros do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro
Chagas (Ipec/Fiocruz), em parceria com a ANRS (Agência Nacional Francesa de
Pesquisas sobre Aids e Hepatites Virais) desenvolveram um estudo em que
testaram um esquema antirretroviral contendo o medicamento Raltegravir,
comparando-o ao que contém Efavirenz, a fim de auxiliar o tratamento em
pacientes soropositivos que também tenham tuberculose e que não possam tomar o
Efavirenz. O esquema com o inibidor mostrou eficácia e segurança semelhantes. A
reportagem é da Agência Fiocruz de Notícias. Confira na íntegra:
A tuberculose é a principal causa de óbito entre soropositivos e, assim
como a aids, atinge especialmente países em desenvolvimento, onde cresce o
número de pacientes com as duas doenças. A Rifampicina é um dos componentes
básicos utilizados no combate à tuberculose, porém, interage com muitos dos
antirretrovirais usados para tratar a infecção pelo HIV, o que pode gerar
dificuldades no tratamento de co-infectados. O medicamento Efavirenz, em
combinação com os fármacos Tenofovir (TDF) e Lamivudina (3TC), compõe o esquema
antirretroviral utilizado no tratamento inicial desses pacientes. Entretanto,
ainda não há um esquema alternativo voltado a indivíduos com intolerância ao
Efavirenz e a mulheres em início de gestação, cujo uso é restrito em função do
risco de danos ao feto.
Na busca por novas opções de tratamento dirigido a esses pacientes,
pesquisadores do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz),
em parceria com a ANRS (Agência Nacional Francesa de Pesquisas sobre Aids e
Hepatites Virais), o Ministério da Saúde e centros de pesquisa no Brasil e na
França – entre eles, Hospital Sanatório Partenon, Grupo Hospitalar Conceição,
Centro de Referência de Treinamento de São Paulo, Universidade Federal da
Bahia, Hospital de Nova Iguaçu e Hospital Saint Louis – testaram um esquema
antirretroviral contendo o medicamento Raltegravir, pertencente à classe de
fármacos chamada Inibidores de Integrase, comparando-o ao que contém Efavirenz.
Os resultados foram promissores: o esquema com o inibidor mostrou eficácia e
segurança semelhantes.
Segundo a infectologista da Fiocruz e coordenadora do estudo no Brasil, Beatriz Grinsztejn, os resultados apontam para a possibilidade do uso do inibidor como alternativa ao Efavirenz. “O Raltegravir tem um bom perfil de tolerância e é fácil de ser tomado”, afirma. O estudo, que está em fase dois, envolveu 155 soropositivos em tratamento para tuberculose à base de Rifampicina. Os participantes foram distribuídos em três grupos, sendo que o primeiro recebeu uma dose padrão de Raltegravir (400 mg duas vezes ao dia), o segundo uma dose dupla do fármaco e o terceiro a dose usual de Efavirenz. Os três grupos participaram dos testes por 48 semanas e receberam concomitantemente o tratamento para tuberculose. Para Grinsztejn, os achados indicam a realização de um estudo maior, de fase três, para que resultados definitivos possam ser alcançados. “Nossa expectativa para as próximas etapas é otimista”, declara.
Segundo a infectologista da Fiocruz e coordenadora do estudo no Brasil, Beatriz Grinsztejn, os resultados apontam para a possibilidade do uso do inibidor como alternativa ao Efavirenz. “O Raltegravir tem um bom perfil de tolerância e é fácil de ser tomado”, afirma. O estudo, que está em fase dois, envolveu 155 soropositivos em tratamento para tuberculose à base de Rifampicina. Os participantes foram distribuídos em três grupos, sendo que o primeiro recebeu uma dose padrão de Raltegravir (400 mg duas vezes ao dia), o segundo uma dose dupla do fármaco e o terceiro a dose usual de Efavirenz. Os três grupos participaram dos testes por 48 semanas e receberam concomitantemente o tratamento para tuberculose. Para Grinsztejn, os achados indicam a realização de um estudo maior, de fase três, para que resultados definitivos possam ser alcançados. “Nossa expectativa para as próximas etapas é otimista”, declara.
0 comentários:
Postar um comentário