A politica de saúde persiste em sua
trajetória hipercomplexa e contraditória. Apesar do gigantesco esforço dos
governos, gestores e entidades comprometidas com o Sistema Único de Saúde
(SUS), o intenso processo de mercantilização da assistência médico-hospitalar
cria um vetor que tenciona permanentemente com o ideário reformista. O denominado processo de
“americanização” do sistema de saúde brasileiro conforma na prática um projeto
contra hegemônico ao SUS. Esse processo envolve múltiplas dimensões e
determinações: políticas, econômicas, tecnológicas e ideológicas. Passemos a
uma análise mais acurada dessa complexa rede de determinantes em seu atual
momento dentro do modelo de desenvolvimento brasileiro. Em foco, a reconquista de hegemonia
para o SUS. E para isso, torna-se fundamental considerarmos um novo conceito de
sustentabilidade: aquele que incorpora aos componentes econômico, tecnológico,
institucional e político, o cuidado com a saúde e a qualidade de vida no
planeta.