Rio Grande
do Sul e Porto Alegre lideram os casos de aids entre Estados e capitais do
Brasil, mas não conseguem gastar todo o dinheiro à disposição para combater a
disseminação da doença. A cada R$ 10 recebidos desde 2003, R$ 3, em média,
permanecem nos cofres públicos. Os recursos acabam presos na burocracia da
máquina estatal e, também, na emaranhada teia das relações políticas.
Desde a implantação da Programação de Ações e Metas (PAM) pelo Ministério da
Saúde, em 2003, os municípios gaúchos receberam em conjunto R$ 85,4 milhões.
Para se ter uma ideia, a soma de recursos à disposição em julho deste ano
chegava a R$ 23,7 milhões. Porto Alegre ganhou R$ 11,1 milhões desde 2004, e
fechou julho último com R$ 3,1 milhões nos cofres.