Foram dois dias de muito trabalho no Fórum Estadual
de Dirigentes de DST/Aids do Estado de São Paulo, num hotel no centro da
capital paulistana. No fim, na tarde dessa quinta-feira (8), Maria Clara Gianna
(foto) fez um balanço positivo do encontro,
que reuniu mais de 200 pessoas de 145 municípios, somando 28 regionais de
saúde. A coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids citou os pontos de
destaque da reunião: a qualidade da participação, a afinação em torno dos temas
política de incentivo e fortalecimento dos serviços especializados no
atendimento de HIV/aids e a criação do prêmio Luiza Matilda para as cidades que
zerarem a transmissão vertical (TV).
“Essa discussão em torno da
descentralização do atendimento às pessoas vivendo com HIV não é novidade para
nós”, disse Maria Clara. “Estamos adiantados nesse processo. Temos 200
ambulatórios de alta capacidade em 145 municípios atendendendo 100 mil
pessoas.”
Nem tudo são flores em todas as cidades, como deixou bem claro Karina
Wolffenbuttel ao falar no fórum sobre a ampliação de testagem. Por exemplo, há
municípios, que, segundo ela, sabe se lá por quê, não imprimiram resultados de
testes rápidos de HIV, o que dificulta o monitoramento.
A meta de 2013, de ter pelo menos uma unidade de saúde com teste de HIV em cada
município, não foi atingida, mas, segundo Karina, os números não envergonham.
Dos 645 municípios, 534 têm unidades com testes. “Faltam apenas 30%.” Na
regional de Itapevi, por exemplo, 100% dos municípios têm testes de HIV, o que
mereceu aplausos dos participantes.
Outros números que mostram o aumento da testagem dizem que, entre 2007 e 2013,
o Programa Estadual distribuiu 2 milhões 534 mil e 52 testes de HIV.
Desses, 1 milhão 330 foram feitos em 2013.
Em 2012, o teste rápido estava em 178 municípios. Esse número subiu para 308
cidades em 2013 e para 34, em 2014.
Um dos responsáveis pelo sucesso na testagem, o programa Fique Sabendo, com
testes rápidos oferecidos à população em diversos locais, além das unidades de
saúde, também mereceu destaque na pauta. Esse ano, a campanha acontecerá de 25
de novembro a 1º de dezembro.
“Até lá, o compromisso de todos nós é para com o fortalecimento dos Serviços de
Atenção Especializada . Na atenção básica , vamos ter testes rápidos e atenção
às outras DSTs”,disse.
Maria Clara, que também ficou feliz com o bom resultado que algumas
cidades mostraram na luta para zerar a transmissão vertical (TV), ou seja, a
infecção de mãe para filho durante a gestação ou o parto. “Ainda não chegamos à
meta de zerar mas gostei de ver o desempenho de algumas cidades – elas mostram
que é possível chegar lá.” O prêmio Luiza Matilda, criado nesse fórum
para ser entregue a partir do ano que vem aos municípios que zerarem a TV,
recebeu esse nome em homenagem à pediatra do Centro de Referência e
Treinamento em DST/Aids (CRT-SP) que morreu no ano passado e dedicou muitos
anos de sua vida para que mulheres HIV positivo pudessem engravidar e dar à luz
filhos soronegativos.
Por fim, Maria Clara destacou o sucesso que foi a demonstração que o seu
pessoal fez no fórum do teste por fluido oral. "A maioria dos 200
participantes nunca tinha visto e todo o mundo achou muito bacana”, finalizou
Maria Clara
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