Na avaliação do especialista David
Batista, ginecologista, o principal motivo do aumento de casos entre jovens é o
comportamento sexual. Um problema já conhecido pela
população volta a preocupar médicos de todo o país. Cerca de 730 mil pessoas
vivem com HIV e aids hoje no Brasil, sendo diagnosticados em torno de 20,4
casos a cada 100 mil habitantes. O aumento da doença chega a 50% entre os jovens
com idade de 15 e 24 anos. As notificações de
casos de aids entre as jovens gestantes também aumentaram expressivamente, nos
últimos sete anos, fazendo com que maternidades públicas e privadas busquem
ações para alertar adolescentes sobre a prevenção. Para o
ginecologista e obstetra, David Batista, houve um aumento absurdo dos casos de
aids entre os jovens nos últimos anos pelo início precoce da vida sexual. “O
principal motivo desse aumento é o comportamento sexual dos jovens. As jovens
iniciam a vida sexual cedo, sem buscar um especialista para saber os métodos
contraceptivos e acabam adquirindo alguma doença ou engravidando logo nas
primeiras relações. Aids para os jovens é uma doença que basta tomar um remédio
e logo ficam bons. Porém, essa é uma doença grave, que vai tomar remédio pelo
resto da vida”, alertou o especialista.Para as jovens que
estão gestantes o problema é ainda maior, podendo haver o contágio entre a mãe
e o recém nascido. “Muitos obstetras não solicitam os exames necessários para
detectar a aids logo nas primeiras semana. A testagem é recomendada no 1º e 3º
trimestre da gestação. O nosso maior desafio na erradicação da transmissão
vertical é ampliar o diagnóstico de HIV em gestantes. Mais de 90% das grávidas
atendidas chegam a fazer pré- -natal, mas somente 60% passam pela testagem que
detecta o vírus”, explicou o ginecologista.
Hoje, pelo menos
10.194 crianças brasileiras com idade até 5 anos foram infectadas pelo vírus em
decorrência da transmissão vertical. A estimativa é de que até 12 mil gestantes
de um total de 2,5 milhões por ano apresentem o HIV, somando mulheres
diagnosticadas e não diagnosticadas.
David lembra que o
tratamento de mulheres grávidas soropositivas não apenas as mantém vivas e em
boa saúde, como também evita que seus bebês adquiram o HIV durante a gravidez,
o parto e o período de amamentação. “Ademais, o tratamento pode impedir a
transmissão sexual do HIV por uma mulher soropositiva a um parceiro
soronegativo”, disse. A transmissão do HIV também pode acontecer durante a
amamentação, por meio do leite materno.
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