Dia
20 de maio de 2018 (Terceiro domingo) celebramos 35º Memorial Internacional deLuzes de Velas da AIDS. No Brasil, este evento é também organizado pela
Pastoral da Aids – CNBB denominado “Vigília pelos Mortos de Aids” que reafirma
neste ano “tantas vidas não podem se perder” em várias celebrações litúrgicas e
demais atos públicos espalhados pelas federações. Trata-se de um momento
histórico para lembrar os amigos e familiares que perdemos e aumentar a
conscientização sobre o HIV, transformando a saudade em atitudes de
solidariedade e cuidado à vida, "Refletindo sobre nosso passado, cuidando
do nosso futuro!".
Quando o Memorial da Luz de Velas
contra a AIDS foi realizado pela primeira vez no ano 1983, ninguém poderia ter
previsto a escala e o impacto da epidemia global de HIV que agora está em sua
terceira década. Com milhões de vidas perdidas e cerca de 37 milhões de pessoas
atualmente vivendo com o HIV e nos permanecemos profundamente desafiados por
essa epidemia. Para alguns, o HIV tornou-se uma doença crônica manejável, mas
para muitos o HIV é luta de vida diária que reivindica por tratamento e
cuidados, alimentação adequada, moradia e renda, muitas vezes em face do
estigma generalizado relacionado ao HIV, discriminação e discriminação.
Por ocasião do dia mundial de luta
contra aids de 2016, o Papa Francisco fez um apelo: “Milhões de pessoas convivem com esta doença
e somente metade delas tem acesso a terapias. Convido a rezar por elas e por
seus caros e a promover a solidariedade para que também os mais pobres possam
beneficiar de diagnósticos e tratamentos adequados. Por fim, faço um apelo para
todos adotem comportamentos responsáveis para prevenir ainda mais a difusão
desta doença”.
A
epidemia do HIV continua a revelar diversas formas de violência, como a
injustiça e a exclusão em nossas sociedades. Mas há esperança enquanto abrirmos
espaços para a solidariedade e resistência contínuas de todas as comunidades
que carregam o peso dessa epidemia, incluindo homens gays, transgêneros,
profissionais do sexo, pessoas que usam drogas, mulheres e meninas, jovens,
adolescentes e crianças.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)
estima que desde o início da epidemia, em 1981, até os dias atuais, cerca de 35
milhões de pessoas morreram de aids. E segundo o Boletim Epidemiológico
(BRASIL, 2017). Desde o início da epidemia de aids (1980) até 31 de dezembro de
2016, foram notificados no Brasil 316.088 óbitos tendo a HIV/aids como causa
básica (CID10: B20 a B24). A maior proporção destes óbitos ocorreu na região
Sudeste (59,6%), seguida das regiões Sul (17,6%), Nordeste (13,0%),
Centro-Oeste (5,1%) e Norte (4,7%). Em 2016, a distribuição proporcional dos
12.366 óbitos foi: 42,4% no Sudeste, 21,3% no Nordeste, 19,6% no Sul, 10,2% no
Norte e 6,5% no Centro-Oeste.
O terceiro domingo de maio "à luz de
velas da aids" é um ato de memória, solidariedade e vigilância. Ele nos lembra do tremendo impacto que o HIV e o movimento da aids
tiveram em nossas vidas. O Memorial enfatiza a necessidade das pessoas que
convivem, vivem e são afetadas pelas realidades do HIV unirem as mãos e
refletirem sobre o passado e as vidas preciosas que foram perdidas. E assim, o Memorial
também nos convoca a compartilhar nossas histórias de desafio, perseverança e
triunfo para educar as gerações atuais e futuras sobre o que o movimento da
aids alcançou nas últimas três décadas.
Finalmente,
o Memorial pede para trabalharmos juntos, agora mais do que nunca, para
sustentar, fortalecer e revitalizar nossa resposta mundial ao HIV, olhando para
frente e preparando nosso futuro livre do estigma e discriminação relacionados
ao HIV e com acesso universal a toda a gama de direitos humanos, incluindo
serviços de prevenção, tratamento e cuidados de qualidade para todos. E para
que todos “tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10b).
Texto adaptado por: Francisco José Corrêa de Araújo, OFS/ Rafael Salvador/ Eduardo Soares. (Equipe de Comunicação Nacional da Pastoral da Aids)
FONTES:
ACIDIGITAL. Papa
pede pra rezar pelos enfermos de aids. DISPONÍVEL EM: .
Acesso: 09 de maio de 2018.
ATIVO SAÚDE. HIV e
Aids no mundo. DISPONÍVEL EM:
.
Acesso: 09 de maio de 2018.
BÍBLIA SAGRADA.
40a Edição. São Paulo: Ave Maria, 1982.
BRASIL, Ministério
da Saúde. Boletim Epidemiológico. 2017. DISPONÍVEL EM: <
http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2017/boletim-epidemiologico-hivaids-2017>.
Acesso: 09 de maio de 2018.
CANDLE LIGTH
MEMORIAL 2018. DISPONÍVEL EM: . Acesso: 09
de maio de 2018.